Siderúrgica busca alternativas para o carvão mineral

Fonte: MF Rural / ECEN

Grande emissor de gases do efeito estufa, o carvão mineral é hoje, em todo o mundo, o principal combustível para a produção de aço. No Brasil, o setor consumiu em 2010 mais de 15 milhões de toneladas desse insumo, que é importado e continua prevalecendo como uma fonte energética por conta de limitações tecnológicas e de escala ao uso de opções renováveis nos fornos de alta capacidade.

Mas uma recente decisão da ArcelorMittal, uma das maiores empresas do setor, tem o poder de influenciar concorrentes e direcionar o mercado para o potencial das alternativas limpas. “Nas próximas expansões industriais vamos priorizar, sempre que possível, o carvão vegetal, oriundo de florestas de eucalipto plantadas”, afirma Augusto Espeschit, CEO da unidade de Aços Longos.

A meta é aumentar o uso de carvão vegetal de 1,4 milhão para 3,2 milhões de toneladas, nos próximos sete anos. Hoje essa matéria-prima é responsável pela produção de 800 mil toneladas de aço, 20% da capacidade total. “O plano estratégico é no futuro substituir 100% do carvão mineral, o que só poderá ser alcançado com maior segurança no processo, tanto na garantia de origem sustentável como no uso industrial do insumo”, ressalta. O passo inicial foi dado na siderúrgica controlada pela empresa em Juiz de Fora (MG), abastecida por sucata (60%) e ferro-gusa obtido por carvão vegetal (40%).

O objetivo é reduzir a dependência da sucata e aumentar a economia de energia. “Mais que pressão de mercado, trata-se de uma decisão estratégica porque precisamos de base para manter nossa participação diante do elevado crescimento do setor, de 8,4% ao ano”, explica Espeschit.

Fonte: O Valor F2

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