Como criar um Mapa de Risco de Incêndio

Exemplo de Mapa de Risco de Incêndio

Mapa de Perigo de Incêndio planetário

O Global Wildfire Information System (GWIS) é uma iniciativa conjunta dos Programas de Trabalho GEO e Copernicus. Eles publicam diariamente o risco de incêndio florestal para o globo.

GWIS – Current Situation (europa.eu)

O Global Wildfire Information System (GWIS) é uma iniciativa conjunta dos Programas de Trabalho GEO e Copernicus. Eles publicam diariamente o risco de incêndio florestal para o globo.
Clique para abrir o portal GWIS – Current Situation (europa.eu)

Maneira Simplificada

Vá até o site de queimadas do INPE e baixe em shapefile diretamente os focos de incêndio detectados pelos satélites desde 1998 até hoje. De posse deste shapefile de pontos, adicione no ArcMAP.

Point Density Tool (ESRI)

Com estes dados e dados de umidade relativa de alguma estação meteorológica é possível utilizar a Fórmula de Monte Alegre (críticas a parte) e calcular o índice de perigo de incêndio. (Saiba mais sobre a FMA clicando aqui.)

Utilizando a função do Spatial Analyst chamada Point Density ou Kernel Density (imagem ao lado) podemos criar rapidamente um raster chamando de HEAT MAP ou mapa de calor, mostrando a concentração de focos de incêndio durante o tempo.

Mapa de calor do RS com dados de pontos
de calor de 2015 e 2016 criado no QGIS

Isto nos dá brevemente um resultado mostrando historicamente a probabilidade de ocorrência de incêndio em determinada região que possuirá uma correlação muito alta com o mapa detalhista mostrado acima. Ajuste os parâmetros para melhores resultados.

Pode-se ainda arrastar para o ArcGIS Online atualmente que ele cria um mapa de calor sem precisar rodar ferramenta nenhuma.

Maneira mais Complexa

Como Sabemos, a ocorrência e propagação dos incêndios florestais em uma região dependem de vários fatores associados ao fenômeno de combustão. Devemos então ter mapeados layers que mostrem a probabilidade de haver uma fonte de fogo e a de condições deste se propagar gerando assim um zoneamento multifatorial de risco de incêndios.

   Recomendaria começar com algumas variáveis como exposição (slope ou Aspect) da área definindo qual a mais propensa a riscos e mapeando a cobertura vegetal, além de mapas de alterações antrópicas como estradas, rodovias, etc..

De posse de todos estes layers, temos que sobrepor estes. Não unicamente sobrepor, mas efetuar algebra entre mapas ponderando os fatores mais importantes para o risco de incêndio (Ver metodologia AHP – Método Analítico Hierárquico [Veja um trabalho sobre isto]).

Obtendo uma equação de pesos, podemos aplicar no ArcGIS Raster Calculator mesmo. Por exemplo temos que (0,45*aspect + 0,35*coberturavegetal + 0,20*antrópico). Esta é uma simples e empírica fórmula que mostra a composição percentual de cada variável no mapa final. Colocando isto no raster calculator o mapa final será a ponderação de cada uma, ou seja, o mapa de risco potencial de incêndios na área. Veja mais

-INPE fornece mapas de Risco de Incêndio diário a nível de estado

Clique aqui e veja um exemplo de um mapa de risco de incêndios

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4 Comments on “Como criar um Mapa de Risco de Incêndio”

  1. Esta é a primeira vez que ouço falar em um trabalho como esse. Na verdade não deve existir nem artigos academicos sobre isto muito menos tutorial.
    Para iniciar a pensar em algo, primeiro é necessário saber quais seriam as variáveis envolvidas na revegetação e tentar distribuir espacialmente…para então tentar formular com base em qual variável é mais importante e qual é menos importante, finalmente usar algebra entre mapas para gerar um raster probabilistico.

  2. Puxa, que legal que está acompanhando o blog. Fico feliz.

    Pois é realmente a disponibilização desta compilação de focos de incêndio em shapefile e txt possibilita uma enorme gama de geoprocessamento sobre eles nos dando possibilidades de fazer análises como a descrita ou mesmo combiná-las em análises mais complexas envolvendo múltiplas variáveis.

    Gostaria de ter dicas de reportagens e processos que teria interesse que comentássemos. Ou mesmo se tens algum processo descrito e gostaria de compartilhar com nossos colegas leitores!

  3. Excelente dica. Diariamente eu recebo os boletins de queimadas do CPTEC?INPE, mas não conhecia a disponibilização de dados para o risco de queimadas para uso em SIG's.

    Estou acompanhando seu blog.

    Um abraço.

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