A importância da padronização de dados GIS

O uso de informações e dados geoespaciais está aumentando rapidamente, não apenas nas comunidades governamentais, privadas e acadêmicas, mas também por meio do público em geral, que muitas vezes contribui para a coleta de informações, mesmo involuntariamente (crowdsourcing, google maps, etc).

No entanto, o número crescente de dados de observação da Terra (EO) capturados por satélites, bem como o desenvolvimento independente de plataformas baseadas em nuvem e acessíveis pela web por várias organizações públicas e empresas comerciais, significa que essas entidades trabalham com grandes quantidades de dados derivados de fontes diferentes, o que pode levar a inconsistência de dados e problemas de armazenamento (Innerebner et al. 2017).

Um dos problemas é que os satélites estão capturando grandes quantidades de dados em resoluções espaciais e espectrais mais altas do que nunca. Isso significa que maiores volumes de download e infraestrutura de TI interna ainda maior são necessários para gerenciar o volume, se o processamento local for escolhido em vez da computação em nuvem (OGC 2018).

Como tal, a padronização dos dados geoespaciais é importante, porque os dados só são verdadeiramente valiosos se forem fáceis de acessar e usar. Dada a quantidade e a diversidade de fontes de dados e usuários, existe de fato “um requisito enorme para descobrir e compartilhar facilmente essas informações” (Ibid., P. 4).

Benefícios da padronização

Os padrões desempenham um papel fundamental no fornecimento de serviços e produtos geoespaciais confiáveis ​. O objetivo dos padrões abertos OGC é garantir que a interoperabilidade, ou seja, a capacidade de integrar conjuntos de dados e serviços de OE relacionados de diferentes origens e tipos, minimizará custos e problemas decorrentes da falta de padronização (Ibid., P. 6).

A fim de fazer o melhor uso dos dados de informação do setor público, que freqüentemente possuem componentes espaciais extremamente valiosos, os dados precisam ser não apenas padronizados, mas também disponibilizados abertamente. Por meio da padronização, a integração de informações se torna mais fácil e os dados se tornam mais facilmente detectáveis ​​e rastreáveis. Mas ainda mais, “informações geoespaciais, tecnologias e padrões ajudam a habilitar e melhorar o compartilhamento, integração e aplicação de informações geoespaciais para tomada de decisão”, permitindo ainda mais a promoção de benefícios de dados abertos (Ibid, p. 10).

Na prática

Quem nunca tentou fazer um join em uma tabela ou shapefile e não conseguiu obter 100% de sucesso devido a falta de padronização dos dados?

Este é um problema muito comum. Muitas organizações não seguem ou mesmo os profissionais desconhecem que existem normas e padronizações para diversos campos geográficos utilizados no GIS.

Fonte: isocpp.org

Uma das mais importantes organizações é a ISO (International Organization for Standardization).

Existem diversas tabelas para diversos dados, como por exemplo os Country Codes. São campos estruturados que são as abreviações, códigos e nomes oficiais de todos os países do mundo.

ISO CODES – Veja alguns destes padrões

Países, 3 caracteres: https://en.wikipedia.org/wiki/ISO_3166-1_alpha-3

Países, 2 caracteres:https://en.wikipedia.org/wiki/ISO_3166-1_alpha-2

Moedas: http://www.currency-iso.org/dam/downloads/lists/list_one.xls

Domínio Internet: http://www.thrall.org/domains.htm

Muitos outros padrões estão disponíveis: http://www.iso.org/iso/home/standards.htm

Portanto, sempre que for gerar dados geográficos, PADRONIZE. Procure sempre utilizar listas padronizadas ISO ou outra norma nacional vigente. Mantenha a base o mais clara possível e sempre com metadados associados, para facilitar a vida de todos os usuários e editores.

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